sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Umbigo


ReNata Batista

Neste mês de dezembro está fazendo 10 anos que eu saí da casa dos meus pais, lá no Mato Grosso. Por que saí? Queria experimentar uma forma de vida diferente... Longe, onde eu pudesse descobrir quem eu sou, ter alguma autonomia. Veja bem, eu não disse independência. Mesmo porque eu apenas mudei de dependência. Mas essa nova relação de dependência é tão diferente daquela que eu vivia na casa deles! Eu sempre recebi dinheiro deles, mas o simples fato de ter que administrar contas, compras, despesas, desejos... ah, sim, os desejos!

Querer e não poder ter, aprender a lidar com o que não está ao meu alcance, o que não depende de mim... Isso tudo transformou a minha relação com o mundo e comigo mesma. Sem contar com as outras dependências: dependi da convivência com os amigos para sorrir, curtir a vida e crer que vale a pena estar no mundo. Dependi dos anjos da guarda para não me perder por completo; da minha potência para não sucumbir diante das dificuldades... Dependi do apoio estrutural que recebi da Moema e de Moitakuá para me encontrar e reaprumar o que a vida desaprumou. Da poesia do Manoel de Barros pra pulsar...
Mas essas dependências são as singularidades da vida. Levante a mão aquele que não depende de algo
para ser feliz.
O que não dá, não dá pra aturar é a pessoa que não reconhece o valor dessas pequenas coisas da vida. E
não usa o que ganha da vida para se alimentar, para viver a própria vida. Essa é a dependência que aprisiona,
amarra, adoece. Uma pessoa assim vive de mamar na fonte e não usa a própria fonte interna para gerar sua
energia, reciclar-se. E não compartilha, não retroalimenta, só consome e suga. Aí é o ponto em que a porca torce
o rabo.
Acho que a dependência mortal é aquela em que não conseguimos lidar com as oposições. Se dependo
dos amigos mas fico bem sem eles, então estou construindo a minha vida. Se adoro doce mas consigo fazer
outras coisas quando não como um docinho, então estou na vida. Tenho medo das pessoas que não conseguem ficar sozinhas. Odeio homens que idolatram suas mulheres ao ponto de morrer na ausência delas. Mas também adoro um chamego, uma partilha, um grupo de amigos, bater papo e comer torta de limão.
Amo ir à praia e fico muito mais feliz quando pratico exercícios do que quando não pratico. Adoro a minha casa mas ficar 6 meses sem viajar me deixa louca. Adoro música mas não fico 1 hora direto sem nenhum silenciozinho. A vida foi me ensinando a depurar minhas dependências e ansiedades de modo que hoje eu posso dizer que lido bem com elas. Transito entre o sim e o não, o vazio e o cheio, barulho e silêncio. E garanto que é muito bom querer muito e me contentar com o pouco que posso ter.
Por tudo isso, eu confesso: independente eu não sou. Mas posso me considerar uma pessoa livre. Isso,
sim, é um a ooooooooooutra história! O que é ser livre para você?

"A liberdade é a possibilidade do isolamento.
Se te é impossível viver só, nasceste escravo."
Fernando Pessoa

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Dependência Afetiva

Este espaço é todo seu. Limpe-se da dependência afetiva que o(a) impede de se expor.

Coragem!

Em nome de um novo tempo onde sua criança poderá brincar livremente com suas idéias próprias, aproveite a oportunidade que este momento está lhe proporcionando e seja INFORMAL com sua essência vital!

Você é pai, mãe?

Filho(a) certamente é.

O que pensa sobre esta frase: a mãe deve criar os filhos até o ponto em que pode, para mais tarde, abandoná-los no mundo. ??????

Vamos dar ênfase para a palavra ABANDONO e deixar fluir seus argumentos.

VICIADOS EM TRABALHO

Começo esta explanação colhendo do texto prublicado n’O Informal, dados com os quais irei construir meu jogo vital.

“Os pais são o modelo de comportamento adulto dos filhos”
“Não há dúvidas que as crianças e os adolescentes que iniciam o uso de remédios e drogas ilícitas vêem no exemplo das pessoas mais velhas uma atitude a ser imitada”
Falta coerência.


Como gerar modelo e/ou exemplo sem que haja coerência? Partindo do princípio de que, coerência é fruto da conscientização plena das sensações existentes na força da individualidade, como gerar um exemplo construído no fluxo vital, se o que foi recebido como orientação não continha esta qualidade de informação?

Estou abordando o tema da humanidade involuída que, de tanto se pré.ocupar em evoluir, esqueceu-se de construir amadurecimento emocional necessário para dar atenção aos seus atos e ações, observando atentamente as ondas de retorno deles provenientes, responsabilizando-se pelas mesmas.

A (in)evolução parte do princípio que o olhar interno é o mais importante de todos os olhares e devem vir em primeiro plano sempre, mas principalmente quando o Ser em questão estiver no lugar de orientador seja como pais, professores, mestres espirituais, enfim, nortes na formação de outros seres humanos.

É imprescindível reformular a criança interna cujo adulto, já formatado, pode muito bem rever conceitos, regras e normas a fim de se reeducar, gerando um novo paradigma de educação para sua própria consciência.

Biotônico Fontoura - para qualquer problema, uma substância química é uma solução rápida.

Quanto às soluções químicas vistas como soluções imediatas, sou exemplo de uma geração Biotônico Fontoura, que agora tende a retornar. Fui induzida a ingerir este estimulador de apetite devido à minha excessiva magreza física.

Comer mais e melhor era a ordem do dia para que pudesse tornar-me mais gorda, saudável e apreciável. O respeito pelo meu biótipo ficou muito distante de mim; meu corpo, teimoso como ele só, manteve-se firme no propósito de ser magra. Sentindo-me muito mal, lógico, uma vez que, para ser considerada bela, precisava engordar, até mesmo para ser bailarina, uma vez que destoava da maioria.

Hoje em dia faria sucesso como modelo, talvez, e seria muito bem vista pelos olhos adultos; porém hoje sou gorda.
Gorda? Ou serei uma senhora de 60 anos feliz com seu corpo bem vivido? Poderia ter sido também uma adolescente feliz comigo mesma. Não consegui este feito.

Em se tratando de aparelho digestivo, ganhei uma úlcera aos 12 anos (talvez devido ao estresse para manter minha integridade física) e hoje sei o quanto esta manipulação alimentar levou-me a fugir dos prazeres a vida.

O medo de sentir prazer está profundamente relacionado ao ato de comer uma vez que a boca e os órgãos genitais se intercomunicam através da coluna vertebral, sendo o chacra da consciência instalado na região do estômago. Tornei-me dependente do amor dos outros por não conseguir construir o meu próprio.

Viciei-me em trabalho fazendo da criatividade aplicada nele uma válvula de escape, onde o esforço para agradar os outros, tornou-me escrava de ações e reações incompatíveis com a minha verdade.

E de nada (ou de muito) adiantou o Biotônico Fontoura.

Problemas de vida não geram dependência química.

Será?

Tomando como princípio a energia física, aquela proveniente do encéfalo que, percorrendo a medula óssea (SNC) auxilia o organismo a produzir movimentos vitais gerados pelo Sistema Nervoso Periférico, problema vem a ser antifluxo de energia.
Momento em que os processos de fluxo/refluxo, ao invés de escorrerem pelas redes nervosas contidas nos aparelhos respiratório, digestivo e circulatório (para citar alguns), impedem a propagação de ondas vibracionais, hiper-aquecendo (ou resfriando) moléculas proveniente da repetição de impulsos estagnados.

Sendo o organismo produtor de hormônios, reduto de vírus e bactérias, componentes (dentre muitos outros) da sua massa corporal, reter estímulos é uma das grandes causas da geração de dependência química devido à alteração na qualidade de respiração celular decorrente da retenção energética.

É bom lembrar que ninguém “pega virose”. A crise virótica nada mais é do que manifestação de vírus desequilibrados dentro do Corpo Físico. Este desequilíbrio tanto pode ser causado por reorganização dos processos de fluxo/refluxo onde a intenção é fazer evoluir a matéria, como também pela dependência energética instalada nas vísceras. Neste último caso, a visão caminha para a patologia (doença).

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ciclo Vital


Moema Ameom

Neste momento da minha existência um ciclo de vida se completa. Acho linda esta capacidade de conscientizar o fechamento de ciclos espiralados onde o mantra da repetição ganha tons, cores e impulsos diversos, desfazendo o cassete energético provocado pelo medo de evoluir. “Estou evoluindo de verdade” é o que me diz esta constatação.

Semana passada fui convidada por um amigo/discípulo de metodologia moitakuense, prof.Rodrigo Gondim, para fazer parte da banca examinadora de um concurso de dança criado por ele na Escola Municipal Levi Carneiro com a intenção de incentivar e estimular seus alunos desta rede pública de ensino. Adorei a idéia e aceitei de imediato.
Na hora do convite surgiu em meu corpo uma sensação interessante que somente hoje pela manhã consegui transcodificar.
Durante meditação matinal, minha consciência trouxe à tona a época em que dava aulas de ballet clássico na Escola Estadual Darcy Vargas na Lagoa-Rio. Era em torno do ano de 1974/75.
Foi minha primeira experiência como professora de ballet.
Muitas crianças desmotivadas, mães sem muita expectativa com relação àquele tempo que dedicavam à dança e eu, como professora e coordenadora do setor, sem saber o que fazer com o ensino do “balezinho”. Resolvi, então, criar um concurso de coreografias incentivando as alunas a coreografarem, desenharem seus figurinos e cenários.
O evento foi realizado no palco do auditório do Jockey Club do Rio e eu convidei para a banca examinadora alguns amigos do Teatro Municipal do RJ e do corpo docente da Academia de Ballet Tatiana Leskowa.

Foi um assombro para todos os participantes. Uma bela festa de confraternização de classes sociais e artísticas que me facilitou a implantação de uma visão mais ampla com relação ao valor da dança na vida das pessoas.

Agora me preparo para apoiar a iniciativa deste aluno, que mestre é de mim, aplaudindo sua iniciativa com pleno conhecimento de causa.
A alegria ainda é maior porque, no mesmo evento cultural, meu filho, prof.Victor Rocha, estará mostrando os trabalhos de seus alunos da turma do Curso Livre de Cinema cujo objetivo é fazer do cinema um veículo de educação.

Plantei e estou colhendo! Feliz .... muito feliz com o resultado da colheita.

Itaipuaçu, 1 de dezembro de 2010

COLCHA DE RETALHOS


Moema Ameom

Talvez incentivada pelo retorno da Internet em minha casa, talvez pelos ajustes feitos no leptop, ou, quem sabe, tomada pelos acontecimentos que me envolveram nos últimos dias, ou ainda pela proximidade da entrada do verão, signo de Capricórnio, o regente do meu sol, pela tomada do Complexo do Alemão – Rio, ou por estar nadando nas ondas da esperança ... sabe-se lá o que me faz, neste momento, criar uma colcha de retalhos com pedaços do meu emocional.
Idéias materializando-se para ...
----------------------------------------------------------

Como é simples e fácil dançar um pas des deux comigo mesma! E pensar que tive tanto medo de aceitar este desafio! A confiança em mim como partner era nula. Falta agora conseguir me abster da necessidade dos aplausos. Está sendo instigante (belo estímulo) uma vez que, em águas passadas, apoiava-me na intensidade do som proveniente deles para equalizar minha sensação de sucesso. Por mais que eu conheça, em teoria, o que isto significa e/ou significou, o organismo sente falta do som. É isso! Do som pura e simplesmente. É preciso afinar o instrumento em outro diapasão. Para tal, vou buscar a acuidade da audição; ouvir meu cliente interno, que sou eu mesma, para que possa administrar melhor esta fábrica de vida que é o meu corpo físico. Estou nessa!

------------------------------------------------------------------

Interessante esta história do que vem a ser profissional.
Outro dia, em conversa com uma amiga, consegui verbalizar sobre uma visão interna que me faz companhia há muito tempo.
Todos os seres humanos (pessoas) coexistem com uma única profissão: cuidar, manter e preservar os movimentos vitais.

Como “pessoa” vejo o Sistema Nervoso Central que faz a manutenção da matéria através do contato intercambial com o encéfalo e a medula espinal.
A “profissão” é fornecida pelo Sistema Nervoso Periférico, onde, através de seus meandros criativos de ação/reação, proporcionam à “pessoa” a possibilidade de aplicar conhecimentos e sabedorias adquiridos e conscientizados na prática do cotidiano, alicerçando a Inteligência Emocional ao patamar de Inteligência Intelectual e vice-versa.

Vejo os movimentos vitais como sendo pura arte. Portanto, considero a profissão de artista aquela que reúne os homens em torno de um único ideal: viver em paz consigo mesmo. Talvez seja por isso que as pessoas/profissionais que fazem da arte uma canalização para a criação da profissão social, sejam tão minimizadas pela sociedade, ao mesmo tempo em que são endeusadas. É o reflexo da dualidade do Homem gerada pelo medo de assumir sua condição humana. Que condição é esta que tanto aflige a tantos? A de ter que administrar, dentro de si mesmo, razão e sensibilidade, assumindo, como única obrigação, manter a ressonância harmônica entre estas duas sensações térmicas de existência.
Como gerar processos de união entre o frio e o calor, equalizando-os dentro de um só corpo? Quanto mais for capaz de aplicar na prática a criatividade artística inserida em suas moléculas, melhor cumprirá seu dever de cidadão dentro do seu complexo orgânico.
Sendo assim, cabe ressaltar a importância da valorização dos movimentos artísticos inseridos na área educacional, para que através deles, o Homem possa vir a conscientizar o medo de sentir o medo que tanto o distancia dos limites imprescindíveis para uma boa administração de sua vitalidade física, mental e espiritual.

----------------------------------------------------------------

Curiosas são as interlocuções existentes sobre o vem a ser homem/mulher; feminino/masculino; macho/fêmea.
Gosto de simplificar estes dois movimentos vendo-os como sendo + e -, ou melhor, expansão e contração reunidos em uma única proposta de vitalização: manter os processos de concentração responsáveis pela manutenção das matérias a fim de preservar as formas de vida.

Quem contrai mais ou menos, o Homem ou a Mulher ???
Só dá pra responder esta pergunta se for para criar uma bela piada e ouvir o som de uma gostosa gargalhada que brotará naturalmente de tamanho absurdo contido no questionamento.
Portanto, quem é o maior responsável por isso ou aquilo? Quem faz assim ou assado? Quem guia quem pra onde? Por que? Pra que? Dividir responsabilidades? Como fazer para crescer e multiplicar se ficamos a dividir?
Mais uma vez apresenta-se, pelo mesmo motivo, a dualidade humana. Olhar para o profissional interno antes de realizar tarefas associadas àquele externo, certamente ajudará “a pessoa” e suas incessantes buscas por algo que não precisa ser buscado. Basta ser conscientizado!

-------------------------------------------------------------------

Literatura é uma bela arte.
Palavras servem para distrair a mente.
Fazem brincar os pensamentos!
Levá-las a serio inibe a capacidade de extrair das mesmas, jorros de criatividade de onde surgem as fontes brincantes da alma.
Imaginá-las como únicos guias da verdade, inibe os processos permanentes de (in)evolução que nos coloca em contato com as verdades contidas na concentração, necessárias para a regulagem vital dos movimentos de contração e expansão – pulsação-

Estes são os coreógrafos do pas des deux cuja melodia vem da divindade existente na conscientização, aceitação e valorização do momento presente.
Da convivência com a negritude desta bela dança surge a LUZ!

Itaipuaçu, 1 de dezembro de 2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

RE(co)MEMORANDO


Transcrevo um trecho do livro escrito por mim em 1999 onde assino Moema Corrêa. Seu título “Uma Viagem em busca do Meu Umbigo” sinaliza a profunda entrega aos meus sentimentos realizada com maestria devido ao belíssimo apoio proveniente do Dr. Stèphano Sabetti – criador da Life Energy Therapy - e sua equipe, durante meus estudos no Institute for Life Energy

“Fico triste quando vejo esses belos homens da minha terra vestindo ternos de casimira inglesa, gravata e camisa de seda italiana, sapato e pasta de cromo alemão em pleno verão de 40 graus à sombra. Entram em seus carros com ar refrigerado, suas salas com ar refrigerado, construindo um mundo onde o ar e a vida são falsos. Mantêm a ilusão de que estão na Europa para serem aceitos pela sociedade como pessoas importantes e que sabem tudo sobre todos. Vivem uma realidade que não é a deles e impingem aos outros esta mesma realidade. Tomam decisões e definem o destino (porque são poderosos) de suas famílias e do País. Tem também aqueles que vestem jeans, tênis Reebok, masca chicletes, usam T-Shirts, dançam e cantam rock ou veneram country music, Rolling Stones e Kiss dentre outros. Também estes, sentindo-se nacionalistas, defendem causas pelo país e se dizem brasileiros. Com razão são brasileiros! Povo sem memória, que para sentir alguém precisa imitar os outros e depois chamar os outros de macacos de imitação. Os macaquitos somos nós que não sabemos nossa dança e nem ao menos queremos aprendê-la por vê-la com desvalia.” [pags. 74/75]

O principal desta transcrição é colocar-me como exemplo de que quando iniciamos a trajetória do conhecimento sobre nossas ondas emocionais, a escrita e a verbalização se projeta para fora desarticuladamente. Aos poucos, com coragem para ver e rever nossas incoerências internas, arrumamos a casa redecorando-a de acordo com nosso real desejo.

Quando finalizei meu Spiritual Inquiry realizado na Itália – de onde surgiu o livro – escrevi: “Aprendo, com minha vivência, uma grande lição: o verdadeiro mestre é aquele que nada sabe e , deixando-se ser humilde, abre-se para o constante aprendizado com aqueles que o procuram para aprender.”[pag.22]Eu me procurei para aprender. Adentrei os árduos caminhos da verdade interior e hoje não escreveria nada do que escrevi da maneira como escrevi. Porém, se não o tivesse feito, como poderia hoje saber disso?

Ousei. Arrisquei. O livro saiu repleto de erros de ortografia e impressão. Disseram-me: “Queime tudo (5000exemplares). Sua imagem será denegrida com estes livros errados.”
Se o foi pelos outros, não cheguei a saber, porém para mim, foi prova de sincera coragem onde pude lidar com meus medos.
Principalmente aqueles de sentir os medos que minha insegurança proporcionava. Cresci muito com este livro errado.
Foi e ainda é uma verdadeira viagem ao encontro do meu umbigo que, na época, encontrava-se atado a sentimentos mal traduzidos por serem desconhecidos pela minha consciência.

Moema Ameom
Itaipuaçu, 16/11/2010

Espelho d`alma


Moema Ameom

O que você quer de você?
O que você quer para sua vida?
Quem de fato é você?


Muitos são os caminhos capazes de conduzir o Ser a responder estes questionamentos. O Treinamento Vivencial Leader Training é um deles. Comungando com muitas de suas idéias, venho aqui contestar algumas delas com o intuito de colocar abertura para um debate engrandecedor onde todos aqueles que quiserem fazer da resposta a estas perguntas, um caminho profundo de aprendizado amplo.

Os sentimentos básicos citados no artigo d’O Informal -– alegria, raiva, tristeza e medo são totalmente incontroláveis.
Como querer controlar algo que é produzido dentro do encéfalo e é conseqüência de impulsos energéticos provenientes dos neurônios e suas sinapses?
Certamente tomar este caminho pode causar frustrações ou, para que isso não aconteça, pequenos (ou grandes) surtos psíquicos que levam à alienação das ações – distanciamento da realidade.

Querer controlá-los produz muita tensão no organismo e estas tensões certamente servirão como fontes geradoras de intensidade retida nas águas do Sistema. É uma das causas das Hipertensões Arteriais. Os cassetes energéticos tendem a ser ampliados quando os sentimentos não são vivenciados, pois os mesmos, na manifestação corpórea, ganham a denominação de sintomas do psicossoma.

Os sentimentos não falam a verdade. São apenas uma tardução de sensações e percepções decorrentes da vivência emocional e esta, por sua vez, tem sua produção na convivência estreita entre o ser e os fatos da vida que o cercam no momento em que os mesmos acontecem.

Toda tradução depende do nível de conhecimento do idioma falado. O aprendizado e a maneira como é utilizado este conhecimento, será o responsável pelo nivelamento da tradução dos sentimentos e a mensagem que está emitindo.
Ora, como conhecer, aprender, apreender e assimilar algo se nos programamos a não conviver com quem nos ensina?

A verdade sobre o que realmente sentimos encontra-se instalada nas sensações puras e simples que brotam da medula óssea (Sistema Nervoso Central) a cada fração de segundo. Por isso digo que conseguimos alcançar as verdades sobre nós mesmos quando ultrapassamos o impossível e nos entregamos ao desafio de viver o caos interno de nossas ondas emocionais onde os processos autônomos nos confrontam com inabilidades e inadequações a todo instante. Aprender a transformá-las em habilidades e adequações, é o que pode ser considerado como verdadeira motiv.Ação.

Para que possamos saber realmente quem somos nós acredito que o primeiro passo seja aceitar o que somos, sem julgar, criticar, controlar ou querer mudar. Simplesmente aceitar e observar atentamente o que não nos agrada e o que nos agrada. Focar naquilo que não agrada e fazer da contradição o veículo do aprendizado.

“Por que não me agrada?” pode ser um questionamento que irá abrir portas para muitos outros reconstrutores de uma nova consciência de você mesmo sobre você mesmo. Deste processo de aprender a aprender, a transformação surge naturalmente fortalecida pelos sentidos bem vivenciados e conscientizados.

Apoiar não é fazer por.
Apoiar é respeitar o que existe sem estimular o desejo de querer domar ou dominar. Estes movimentos relativos ao sentimento de posse, causam dependência física, mental e espiritual que, com o passar do tempo irá se manifestar na construção dos nós emocionais.
Este processo cria uma rede onde o Ser passa a se debater incessantemente distanciando-se de si mesmo. Com esta rede energética envolvente fica muito difícil administrar a tristeza e outro qualquer sentimento. Mesmo porque, a boa a administração só existe quando criamos um bom clima organizacional onde o ar possa circular livremente ampliando a visão sobre a cliente interna, aquela que vive e revive na coluna vertebral: a medula óssea.Itaipuaçu, 15/11/2010

Conviver com a tristeza


Moema Ameom

O renomado psiquiatra Miguel Chalub em entrevista a Isto É, transcrita em partes pel’O Informal, vem nos sinalizar a importância de vivenciarmos a tristeza.

Quando diz que “a tristeza patológica fica nas entranhas” e “as raízes da depressão estão na infância”, abre-me um caminho de debate em torno de idéias moitakuenses.

O nível de intensidade de retensão energética realmente é a grande responsável pela depressão orgânica. Uma está estreitamente relacionada à outra e formam entre si um forte elo de união. Podemos ver esta relação mais ou menos assim: pequena retensão ocasionará um simples fluxo de tristeza que se dissipará quando o momento fizer o mesmo; a média produz um colapso emocional que permanecerá no organismo por um tempo mais prolongado e a grande retensão energética instala-se no Sistema transformando-se em tristeza patológica, ou seja, aquela que não encontra mais caminhos para sair das vísceras. Estagna-se nas entranhas.

O fluxo emocional é contínuo. Produzido pelas ondas neurais, distribui-se pelo Corpo Físico – CF- estimulando-o à entrega aos riscos, gerando motivação construtora de ações e reações. Sendo este ir e vir o princípio vital, as ondas que saem do CF, retornam ao mesmo conduzindo-o a convivência com os processos da vida. Quando, desde a infância, os riscos e demandas provenientes dos mesmos não ganham apoio necessário para que possam ser vivenciados na totalidade, pequenos nós energéticos vão surgindo instalando-se nas águas orgânicas: músculos, ligamentos, tendões, órgãos (incluindo a pele) e ossos( incluindo unhas e pelos).

Conforme diz Dr. Chalub, “os acontecimentos atuais não levam à depressão verdadeira, só muito raramente.” Certamente não levam, porém, aumentam bastante o que já existe, intensificando a pressão e proporção do nó. Um dos sinais bem óbvios do corpo quanto a este movimento são os tumores, que demonstram um grau de depressão aguda da matéria. Acúmulo de energia cujo ciclo se constrói no antifluxo, acaba por hiper aquecer moléculas, causando os tumores e o Câncer. A tristeza patológica seria o câncer emocional numa comparação um pouco grosseira feita com a intenção de facilitar a compreensão da idéia.

“Mexer na infância pode ser muito doloroso” conforme diz nosso ilustre médico. Mexer no corpo também. Porém, quando associamos corpo e mente através da arte, o lúdico desperta a fantasia e a dor fica bem mais leve de ser suportada. Passa até mesmo a servir de motivação para belas descobertas sobre a vida já vivida por dar à mesma capacidade de servir como fonte de aprendizado para passos futuros.
A dança da vida surge como divindade e benção.

Itaipuaçu, 15/11/2010

Dinheiro Virtual

Moema Ameom

Será que uma vida construída na virtualidade é capaz de adentrar a realidade financeira? Partindo do princípio que a busca cada vez mais incessante pela vida virtual deve-se ao enfraquecimento do estado emocional e, sendo o mesmo, ampliado pela fuga da realidade, como ser capaz de confrontar as dificuldades da vitalização? Sem o fortalecimento interno ressonante com as ondas emocionais decorrentes dos riscos, como captar sintonia com motivações vitais?

Estes foram os questionamentos feitos na última edição d'O Informal.
A narrativa da matéria nos confronta com uma realidade bem triste, que vem a ser a dificuldade dos jovens de hoje, construtores do amanhã, de coordenarem com equilíbrio seus movimentos monetários.

Sendo os responsáveis pelos processos do futuro, que tipo ou qualidade de mercado financeiro podemos vislumbrar? Acredito que talvez este seja um dado que desperte a curiosidade dos adultos hoje responsáveis pela orientação dos mesmos, uma vez que, devido à aposta acirrada na importância dos valores materiais, passaram a relegar para segundo (ou último) plano, os verdadeiros valores de construção do indivíduo.
Quem sabe agora, diante desta calamidade que se apresenta, os seres humanos venham a olhar com mais atenção para o apoio emocional necessário na boa formação de crianças e jovens?

Como torná-los capazes de conviver com os movimentos vitais que tanto os amedronta fazendo-os buscar refúgio na virtualidade?
Projetando sobre eles um grau de atenção equilibrado onde a objetividade esteja focada na condução de suas ânsias e desejos.

Sonhos costumam fomentar o que possuímos de virtual dentro do organismo, pois estimulam a potência criativa proveniente do lado direito do encéfalo; criatividade (real fonte de vida) canalizada apenas para a imaginação é geradora da desvitalização interna. Sem que venham a aprender a como lidar com estes impulsos energéticos, observando-os como sendo motivação que os direciona a um grau intenso de trabalho importante na concretização dos mesmos, acabam por fomentar a virtualização mental. Acreditam que são capazes encolhendo-se no medo de testar se realmente o são.

O Sistema Humano é construído através da regulagem do tônus visceral, e o mesmo, para produzir equilíbrio no esqueleto ósseo – estrutura do Corpo Físico -, necessita de sintonia harmônica com as ondas nervosas provenientes de ambos os lados do encéfalo. Esta construção tornar-se-á desequilibrada caso a imaginação e a fantasia não possam se unir de maneira adequada aos movimentos de razão e lógica, colocando a coordenação motora em teste constante. Os riscos vividos tendo apoio emocional, serão transformadores do medo que passará a ser sinalizador dos limites.

Os estímulos à acomodação que a vida moderna apresenta como sendo status social, não possibilita uma boa (in)evolução motora acarretando debilidade emocional. A matéria orgânica precisa de testar-se diante de dificuldades fazendo, destes testes, provas de habilidade e não estímulos para sofrimento. Um corpo que não vê sua capacidade de se defender em todos os sentidos – utilizando os sentidos -, não tem como desenvolver segurança. É bom clarear que estou falando de: visão, olfato, audição, paladar e tato que serão os mestres nas provas de experimentações corpóreas, desde que suas atividades sejam conscientizadas.

Seres inseguros, sempre estarão em busca de subterfúgios quando diante dos confrontos com os fatos da vida desagradáveis e incômodos. Nada melhor do se imaginar potente utilizando para isso o caminho financeiro, uma vez que é o mais importante para a sociedade vigente. Esta é a receita para a formação de seres humanos prepotentes que tenderão a gerar inveja, ciúme, raiva, tristeza, euforia, dentre outras deturpações de ondas sensoriais que costumam chamar de sentimentos. Todos eles veículos de desequilíbrios emocionais.

Quando vemos os caminhos espirituais sendo distorcidos pelo valor financeiro, o que mais podemos esperar desta sociedade que nos cerca?
Eu espero, com fé, pelo despertar de um novo paradigma de consciência onde o cuidado permanente com os Sistemas Nervosos seja aprendido nos lares e nas escolas, por pais e professores.
A metodologia já existe: Moitakuá.
Será pedir muito aos céus?

Itaipuaçu, 15/11/2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ALEGRIA é ...

... transcender a luminescência mergulhando na escuridão da luz

... encontrar no vazio a razão do insustentável

... fazer da tenacidade a companheira permanente do renascimento

... ultrapassar o som captando dele o valor do silêncio

... olhar o sorriso da criança, sendo capaz de ver o espírito nele presente

... viver o momento captando os ensinamentos inseridos na intuição

... construir o corpo físico como sendo passagem da alma

... fazer dos movimentos vitais, nele existente, instrumentos captadores de ações e reações externas, alheias à nossa vontade

... aprender a aprender, com a força da transformação, a torná-los mutáveis diante das emoções nele inseridas

... encontrar o desejo enraizado nos ossos e assim, poder ...

... ser alegre ... simplesmente, absorvendo a essência da beleza existente na vida.
Com seu perfume, construir o cotidiano!
                                                                     

                                                                  Moema Ameom

Alegria, Alegria

Composição de Caetano Veloso

Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou... (...)

Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vão
Eu vou
Por que não,
por que não...

Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento,

Eu vou...

(...) Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil...
(
...) Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor

Eu vou..."



Seria este ícone dos anos 70 responsável pela conotação criada entre Alegria e Irresponsabilidade?
                               Poderia ter auxiliado a destruir a tenacidade e a disciplina na formação de uma era?
           Teria ajudado a doar aos jovens um estado de euforia capaz de intensificar o uso das drogas?
                                     Como construir uma vida sem lenço nem documento e querer seguir vivendo?
                                 Que qualidade de vida é alcançada sem disciplina?
                                                                                                E com excesso dela?
      Poderá esta cisão entre dois processos disciplinares inseridos na educação ser responsável pela onda de
                                          violência que hoje presenciamos?
Vamos conversar sobre estes assuntos no Blog?
Aguardo por você!
                                               
                                                Moema Ameom                                                         

A melhor coisa que existe

                                 
                                                                                                         ReNata Batista

É tão bom ser alegre quanto triste, a verdade é a melhor coisa que existe.” Esta é a minha versão para o verso de Samba da Bênção de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Não que eu duvide dos nossos poetas que cantaram “é melhor ser alegre
que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe”... Eu gosto da alegria, mas é que esse negócio de renegar a pobre da tristeza é muito chato! Quando ela bate, não adianta gostar ou não, o fato é que ela bateu. Vamos fingir que ela não chegou, e vamos sair correndo pra longe, como se ela não existisse?

Se não damos um tempo para perceber a verdade das nossas emoções, não temos como amadurecer o nosso estado emocional. Se nós estamos vivos, estamos sujeitos a emoções diversas que nos arrebatam o tempo todo. E transitamos por nuances de sentimentos... Ora, um pouco de introspecção também faz bem ao coração. E nem por isso estamos menos
aptos à alegria!

Nós, brasileiros, somos muito conhecidos pela nossa alegria. Somos esfuziantes, barulhentos, falamos alto, cantamos, nunca - ou quase nunca - ficamos quietos. Mas até que ponto isso é mesmo alegria? Será que não estamos exacerbando a
alegria made in Brazil, colorindo-a com cores mais fortes do que o normal? Será que quando ela se tornou um “produto de exportação” nós não aprendemos a extrapolá-la para chamar mais a atenção? E vamos pra Sapucaí com nossos
tamborins o tempo todo, sem trégua...

Só não podemos nos esquecer de que até o neurônio tem em seu ciclo o Potencial de Repouso e o Potencial de Ação. Se estimulamos demais um deles, a corda pode roer pra um lado só. Posso estar enganada, mas isso não parece ser saudável...

Sejamos alegres, sim. E viva nós, que sabemos extrair prazer da vida! Mas vamos com verdade, porque a vida tem várias faces e faz bem olhar para todas elas.

                                                   O que você acha disso?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Movimento Centralizador


Por Moema Ameom

O movimento central de manutenção da matéria é o de contração. Todos os outros são decorrentes deste único processo gerador de sustentação molecular. Quando em desequilíbrio, gera excesso ou falta de impulsos nas células, causando do®enças emocionais que se espelharão no físico e na mente.

Porque emocional?

E.moção já nos fala por si só de movimento, por isso, sinaliza caminhos para a criação de diversas maneiras de construir a concentração. O Sistema Vivo é mantido por suas ondas emocionais em ressonância com os processos dos movimentos vitais externos refletidos no interno e vice-versa.

O Movimento Centralizador é aquele que, alimentando-se da força centrípeta/centrífuga planetária, rege a qualidade da regulagem voltada à intensidade com que a contração será realizada. Quando desregulado passa a desequilibrar as ondas emocionais causando enchentes, furacões e terremotos no organismo.

Para que o Movimento Centralizador possa ser desenvolvido em ressonância harmônica com a potência energética do Sistema, é preciso que o foco da atenção esteja voltado permanentemente para a observação das ações/reações produzidas pelo Corpo Físico (tanto interna quanto externamente), uma vez que o mesmo é o espelho dos aparelhos viscerais que o comanda.

Quando esta potência é minimizada pelos movimentos educacionais, sociais, familiares e religiosos, o movimento de concentração em si mesmo perde o rumo e o foco voltando-se unicamente para as propostas externas.

Como é minimizada?

Quando o espaço tempo de realização é atropelado por deveres e obrigações que passam a comandar ações/reações (princípio básico dos movimentos vitais) produzidas no organismo. O respeito ao biorritmo individual, proveniente da alquimia sistêmica composta pelas energias da água, ar, terra, fogo e éter, é fundamental para que a matéria, durante sua forma.(a)ção alcance seu espaço próprio dentro do Sistema Planetário e do Holo que o envolve.

Não desenvolvendo a consciência neste sentido, o Movimento Centralizador passa a amedrontar o Ser, pois a proximidade dele sinaliza algo errado, esquisito, feio, desconhecido. O medo surge e o passo fica represado gerando, ao invés de formação, uma forma.ata.(a)cão moldada para satisfazer os processos externos.

Com esta proposta de movimento, a matéria perde o contato com sua ressonância interna e, consequentemente, com a externa e planetária. Passa a percorrer o espaço tempo sem a menor consciência da sua real função enquanto ser vivo.

O medo da dor inibe a centralização e a não centralização fomenta a dor.

Este é o grande cassete energético que afasta a vida dos movimentos que regem a vida. A revitalização se perde e a sequência dos dias torna-se monótona e desmotivada.

Como, para continuar produzindo movimentos na matéria é indispensável a motiv.ação, se ela não é encontrada internamente, os estímulos externos serão cada vez mais valorizados e a consciência, em decorrências dos fatos inerentes a estes processos, desvincula-se da realidade buscando utopias para construir a existência.

Utopia mata o contato com a ilusão que, em si, traz os processos dos Movimentos Vitais.
Será o medo da ilusão um fomentador do medo do Movimento Centralizador?

Itaipuaçu, 25/8/2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O Medo e a Consciência



por Moema Ameom

Vamos brincar de questionar para exercitar a consciência ampliando o foco do medo.

Começamos relacionando OBSERVAÇÃO com ANÁLISE.
Qual é a diferença entre observar e analisar os fatos da vida?
Como aplicar a observação internamente?
Como aplicar a análise internamente?
Como utilizar a observação na prática do cotidiano? E a análise?
Como fazer uso das duas ao mesmo tempo?
Que nome daria a este movimento?
P'ra que serve na sua vida?
Quais os movimentos externos que podem fazer você se distanciar dele?
O que fazer para resgatá-lo?

Quando é que a ANÁLISE se transforma em CRÍTICA?
O que nos leva a fazer este processo de transformação?
Como você utiliza a crítica?
P'ra que? Com qual objetivo?
Qual a intensão da crítica? E a finalidade?
Qual o lado negro da crítica? E o claro?

Por que responder a estes quastionamentos vivenciando-os internamente pode ajudar você a viver o medo?

Q


Ai meu Deus, que medo de medar!
Me dar inteira à minha escuridão!
Dar-me a este vazio onde o desconhecido me aguarda para revolucionar meus sentidos.
Que medo imenso é este que não me permite olhar para o belo adiante do negror que assola minh’alma?

Existe uma estética diversa quando os olhos enxergam o que não querem ver.
Existe uma inexistência patética na falta de poesia do medo de sentir o medo.
Existe algo que visceralmente me faz real nesta parca ilusão que é a vida.
De onde vem esta beleza do inaudível? Do imperceptível?
De onde surgem estas vozes que me contam histórias desconhecidas e me fazem repensar a credibilidade?

Ai meu Deus, que medo de medar!
Medar-me ... e não sair do lugar.

Re.colher-me deste poço profundo onde re.vivo a cada instante.
Re.verter-me em luz colorindo-me de amor.
Re.nascer deixando-me morrer!

Que medo é este que silencia meus medos?
Que medo é este?
Que medo é?
Que medo?
Que?
Q

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Mestres da Vida

Quando somos abençoados com o convívio de uma criança, devemos nos disponibilizar a ampliar infinitamente o grau de aprendizado.
Enquanto célula viva e participativa, o bebê nos confronta com as forças do Holo dando-nos a oportunidade de conviver com a magia da existência, onde o imponderável nos faz exercitar a criatividade e a curiosidade na constância do cotidiano.

Quando o convívio é nutrido pela força da partilha verdadeira, o respeito vai sendo construído gradativamente tendo a criança como O Mestre.

Quando adultos tendemos a sufocar nossa criança interna que vem a ser as múltiplas e variadas formas de transformação que produzimos em nosso organismo e que, na grande maioria das vezes, utilizamos em percentual mínimo, armazenando a maior parte nas vísceras e ossos, por medo de nos entregarmos ao caos que estes processos provocam.

Libertarmo-nos destes nós que impedem o fluxo da energia vital responsável pelo bom funcionameto medular, é o caminho para uma vida mais saudável onde a superação passa a ser apenas a manutenção de uma boa qualidade respiratória.

Nossos Mestres vêm auxiliar o contato com nossa criança adormecida. Vêm com a missão de desperta-la para as enormes propostas camufladas,empurrando para riscos e aventuras fantasiosas onde a realidade brinca de esconde-esconde com a ilusão tornando-nos mágicos de nossa própria existência.

Miguel, Júlia e Lavínia são crianças que descortinaram um caminho de criação que acabou por me conduzir à MOITAKUÁ.
A Deus meu eterno e permanente agradecimento por te-los colocado perto de mim.

A eles meu incondicional amor,
Moema Ameom