quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Espelho d`alma


Moema Ameom

O que você quer de você?
O que você quer para sua vida?
Quem de fato é você?


Muitos são os caminhos capazes de conduzir o Ser a responder estes questionamentos. O Treinamento Vivencial Leader Training é um deles. Comungando com muitas de suas idéias, venho aqui contestar algumas delas com o intuito de colocar abertura para um debate engrandecedor onde todos aqueles que quiserem fazer da resposta a estas perguntas, um caminho profundo de aprendizado amplo.

Os sentimentos básicos citados no artigo d’O Informal -– alegria, raiva, tristeza e medo são totalmente incontroláveis.
Como querer controlar algo que é produzido dentro do encéfalo e é conseqüência de impulsos energéticos provenientes dos neurônios e suas sinapses?
Certamente tomar este caminho pode causar frustrações ou, para que isso não aconteça, pequenos (ou grandes) surtos psíquicos que levam à alienação das ações – distanciamento da realidade.

Querer controlá-los produz muita tensão no organismo e estas tensões certamente servirão como fontes geradoras de intensidade retida nas águas do Sistema. É uma das causas das Hipertensões Arteriais. Os cassetes energéticos tendem a ser ampliados quando os sentimentos não são vivenciados, pois os mesmos, na manifestação corpórea, ganham a denominação de sintomas do psicossoma.

Os sentimentos não falam a verdade. São apenas uma tardução de sensações e percepções decorrentes da vivência emocional e esta, por sua vez, tem sua produção na convivência estreita entre o ser e os fatos da vida que o cercam no momento em que os mesmos acontecem.

Toda tradução depende do nível de conhecimento do idioma falado. O aprendizado e a maneira como é utilizado este conhecimento, será o responsável pelo nivelamento da tradução dos sentimentos e a mensagem que está emitindo.
Ora, como conhecer, aprender, apreender e assimilar algo se nos programamos a não conviver com quem nos ensina?

A verdade sobre o que realmente sentimos encontra-se instalada nas sensações puras e simples que brotam da medula óssea (Sistema Nervoso Central) a cada fração de segundo. Por isso digo que conseguimos alcançar as verdades sobre nós mesmos quando ultrapassamos o impossível e nos entregamos ao desafio de viver o caos interno de nossas ondas emocionais onde os processos autônomos nos confrontam com inabilidades e inadequações a todo instante. Aprender a transformá-las em habilidades e adequações, é o que pode ser considerado como verdadeira motiv.Ação.

Para que possamos saber realmente quem somos nós acredito que o primeiro passo seja aceitar o que somos, sem julgar, criticar, controlar ou querer mudar. Simplesmente aceitar e observar atentamente o que não nos agrada e o que nos agrada. Focar naquilo que não agrada e fazer da contradição o veículo do aprendizado.

“Por que não me agrada?” pode ser um questionamento que irá abrir portas para muitos outros reconstrutores de uma nova consciência de você mesmo sobre você mesmo. Deste processo de aprender a aprender, a transformação surge naturalmente fortalecida pelos sentidos bem vivenciados e conscientizados.

Apoiar não é fazer por.
Apoiar é respeitar o que existe sem estimular o desejo de querer domar ou dominar. Estes movimentos relativos ao sentimento de posse, causam dependência física, mental e espiritual que, com o passar do tempo irá se manifestar na construção dos nós emocionais.
Este processo cria uma rede onde o Ser passa a se debater incessantemente distanciando-se de si mesmo. Com esta rede energética envolvente fica muito difícil administrar a tristeza e outro qualquer sentimento. Mesmo porque, a boa a administração só existe quando criamos um bom clima organizacional onde o ar possa circular livremente ampliando a visão sobre a cliente interna, aquela que vive e revive na coluna vertebral: a medula óssea.Itaipuaçu, 15/11/2010

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