O Informal é um espaço reservado pelas profissionais de Moitakuá Moema Ameom e ReNata Batista para disseminarem as idéias da metodologia. Tem o objetivo de ampliar cada vez mais possibilidades de partilha entre todas as pessoas interessadas em desenvolver conceitos metodológicos. Os textos aqui apresentados começaram a ser postados em fevereiro de 2008. O principal foco de Moitakuá é a ReNovAção permanente em nome da ReVitalização da Consciência Universal
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sexta-feira, 23 de setembro de 2011
A Revolução Interior | ReNata Batista
Durante muito tempo eu costumava dizer que existem suas coisas que todo ser humano deve vivenciar na vida: uma delas é fazer teatro. Isso porque p teatro foi uma experiência transformadora para a minha existência.
Só há pouco, (bem pouco tempo, pra ser mais exata há alguns dias) é que eu pensei: “peraí, quem disse que todo mundo precisa do teatro pra se revolucionar?”. E por aí vai o meu pensamento agora. Vem comigo no raciocínio:
Eu era uma garota tímida e minha mãe dizia que eu deveria ser “mais simpática” com os outros - o meu jeito reservado devia ser uma agressão para o mundo! Fui buscando jeitos de me expressar e ser aceita. Lá pelos 12 anos, eu fiz uma peça de teatro na sala de aula e a professora de Português disse que eu era muito boa e deveria investir nisso. Aos 13 comecei a fazer teatro, conheci pessoas legais, me diverti muito, fui aceita por um grupo enorme de pessoas.
Meus horizontes se ampliaram... foi incrível! Sendo oriunda de uma família que não tinha relação com a arte, eu não teria tido acesso a certos movimentos e meu mundo teria sido bem mais restrito sem o teatro, que me abriu as portas para a música, o cinema...
E, tendo o histórico da “timidez”, essa experiência me transformou em algo que eu não conhecia (e que parecia bem melhor do que o que eu era antes, uma vez que não havia aprendido a me aceitar pelo que eu sou).
Pois bem... caminhando por essas novas conscientizações, eu hoje deixei de lado a ideia de que o teatro é algo imprescindível para a construção do ser, para a revolução pessoal ou reforma íntima. Cada um tem o seu caminho. Qual teria sido o meu se eu tivesse tido espaço para me expressar do meu jeito, com a minha identidade? Será que eu teria feito teatro para poder dar voz à minha alma?
Seja como for, neste momento eu recorro ao poetinha Fernando Pessoa, que questiona e responde:
“Valeu a pena?
Tudo vale a pena,
quando a alma não é pequena.”
P.S.: Sabe que pensando bem, esse negócio de que “tudo vale a pena” é um grandessíssimo de um paliativo pra amenizar a dor perante as coisas vãs que a gente faz na vida... ou não?
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