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Moema Ameom
Celebro na essência esta relação eternamente amorosa que compartilho com minha avó materna Céo da Câmara de cuja convivência extraio belos aprendizados assimilados até a idade dos 13 anos quando ela deixou a matéria.
Transcrevo um texto escrito por ela para o Jornal O Município – Rio Preto, 29/12/1926, com o pseudônimo de CECY.
Deixando o Word enlouquecido, mantive a ortografia da época, para distrair os olhares.
Folhinhas ...
[...] Os seus calendários, para mim, são como outros tantos saccos de “papá Noel”, cheios de brinquedos e de surprezas... nelles guardo todos os meus desejos, como se fossem pequenos “bon-boms” assucarados em caixinhas de setim...
Folhinhas ... Na variedade dos seus chromos eu vejo como que um vago reflexo da variedade dos dias: hoje um riso que se desfaz em expansões de alegria, amanhã uma lágrima que se insinua e passa.
Folhinhas ... No silêncio caricioso de minha sala, volitando o olhar pelas lindas folhinhas novas, às vezes eu sinto saudades ... saudades das folhinhas velhas ...”
No meu caso, vó, saudades que me trazem muitas alegrias porque me conduzem a um período onde minha alma tinha acolhida por ser compreendida plenamente.
ReVIVO-as!!
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