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Moema Ameom
Muito se tem falado e discutido sobre a liberação da maconha e eu considero este assunto de relevante interesse para o ajuste da nossa sociedade.
Movida pelo interesse de participar destes movimentos, coloco aqui meu ponto de vista, abrindo-me para os debates.
Acredito que, para início de conversa, todo e qualquer processo movido por idéias aprisionadas por pré-conceitos nada constroem. Se o fizessem não estaríamos cercados por uma sociedade onde erros e acertos são estímulos para a manutenção do poder das idéias, dos gestos, das atitudes, das finanças, dos comportamentos, enfim dos movimentos vitais cada vez mais virtualizados e desvirtuados por este poder centraliza.dor .
O cerne da questão é que pensar dá trabalho, agir também e questionar então, nem se fala. É melhor procurar as respostas no Google, nas máquinas de calcular, no celular, nos chips espalhados pelo mundo, dentro e fora dos Sistemas Humanos. Para que externar opinião? Para que exercitar a consciência? Melhor dopá-la. Dá menos trabalho e é bem mais agradável. A vida fica cor de rosa (mesmo estando preta) e a estimulação do campo ilusório torna-se coerente com a mediocridade abrangente. É bem mais fácil manter os movimentos aprendidos há milênios, onde consciências nubladas continuam transformando em Rei quem tem um olho, nesta terra de cegos.
A maconha como qualquer outro ingrediente químico que o Homem venha a assimilar, tem seu lado positivo e negativo. Assim como o sal, o açúcar, o afeto e o desafeto precisam ser dosados, também a canabis sativa necessita de uma dosagem específica para ativar no organismo seu lado benéfico. O que não pode e não deve é ser usada desenfreadamente com o pretexto de que faz bem. Nada faz bem quando é utilizado com desequilíbrio e sem objetivo específico.
Por outro lado o tão almejado equilíbrio, para ser construído, precisa da conscientização do desequilíbrio. A proibição enfraquece a importância da experiência, onde o respeito pelo livre arbítrio é fator fundamental para a estrutura emocional. Não que seja necessário experimentar a maconha para poder saber o que ela produz, mas quando há proibição, os impulsos reprimidos ampliam a motiv.ação e a ação / reação (processos da vida) surgem desenfreada.mente gerando violência. Esta por sua vez destrói a existência.
Porém, de nada adianta liberar se não houver orientação, porque liberdade sem apoio para o aprendizado transforma-se em libertinagem, o que é tão ou mais nocivo do que a repressão. A maturação do ponto do equilíbrio só existe quando há conhecimento; a proibição impede sua expansão. Assunto proibido não gera diálogo; fica entre quatro paredes e torna-se vicioso. Organismo viciado torna-se dependente de qualquer química produzida por movimentos viciantes, tais como: excesso de trabalho, estudo e exercícios físicos, dentre muitos outros, onde a carga excessiva de adrenalina destilada na corrente sanguínea queima as produções de vitaminas, proteínas, sais minerais e outros componentes orgânicos. Isto sem falar do uso descontrolado de medicamentos permitidos.
Precisamos abrir espaço nos ambientes familiares,escolares, profissionais e sociais para debates claros, límpidos e objetivos sobre todos os assuntos que afligem a humanidade em geral, para que a polêmica desmascare o caos já existente em grandes proporções escondido debaixo das máscaras da decadência humana.
O que devemos evitar sempre é a divisão – contra / a favor.
Que todos aqueles envolvidos nesta campanha libertem-se do desejo de terem em suas mãos o poder proveniente da discórdia porque senão de nada adiantarão os esforços. Tudo será em vão como há milhões de anos atrás. Continuaremos sem evoluir e nada de verdadeiramente estrutural será construído para os futuros adolescentes que hoje são crianças. Repetiremos os mesmos passos do passado onde uma geração imaginou superar a outra apoiada no fato de ter alcançado veículos mais poderosos de comunicação.
Estamos no mesmo lugar onde estiveram os Greco-romanos na era A.C. Que tal libertarmo-nos dos conceitos sobre certo e errado?
A mão que afaga, precisa sentir o retorno do seu gesto, mesmo que desarmônico no início, para aprender a dosar seu afago; caso contrário, um dia cansa e agride.
Vamos abrir o diálogo. Este sim precisa ganhar as ruas, virar panfletos e cartazes. Vamos caminhar em prol da LIBERAÇÃO DA PARTILHA DE EMOÇÕES. Com ou sem maconha. Será possível?
Itaipuaçu, 20 de junho de 2011
Movida pelo interesse de participar destes movimentos, coloco aqui meu ponto de vista, abrindo-me para os debates.
Acredito que, para início de conversa, todo e qualquer processo movido por idéias aprisionadas por pré-conceitos nada constroem. Se o fizessem não estaríamos cercados por uma sociedade onde erros e acertos são estímulos para a manutenção do poder das idéias, dos gestos, das atitudes, das finanças, dos comportamentos, enfim dos movimentos vitais cada vez mais virtualizados e desvirtuados por este poder centraliza.dor .
O cerne da questão é que pensar dá trabalho, agir também e questionar então, nem se fala. É melhor procurar as respostas no Google, nas máquinas de calcular, no celular, nos chips espalhados pelo mundo, dentro e fora dos Sistemas Humanos. Para que externar opinião? Para que exercitar a consciência? Melhor dopá-la. Dá menos trabalho e é bem mais agradável. A vida fica cor de rosa (mesmo estando preta) e a estimulação do campo ilusório torna-se coerente com a mediocridade abrangente. É bem mais fácil manter os movimentos aprendidos há milênios, onde consciências nubladas continuam transformando em Rei quem tem um olho, nesta terra de cegos.
A maconha como qualquer outro ingrediente químico que o Homem venha a assimilar, tem seu lado positivo e negativo. Assim como o sal, o açúcar, o afeto e o desafeto precisam ser dosados, também a canabis sativa necessita de uma dosagem específica para ativar no organismo seu lado benéfico. O que não pode e não deve é ser usada desenfreadamente com o pretexto de que faz bem. Nada faz bem quando é utilizado com desequilíbrio e sem objetivo específico.
Por outro lado o tão almejado equilíbrio, para ser construído, precisa da conscientização do desequilíbrio. A proibição enfraquece a importância da experiência, onde o respeito pelo livre arbítrio é fator fundamental para a estrutura emocional. Não que seja necessário experimentar a maconha para poder saber o que ela produz, mas quando há proibição, os impulsos reprimidos ampliam a motiv.ação e a ação / reação (processos da vida) surgem desenfreada.mente gerando violência. Esta por sua vez destrói a existência.
Porém, de nada adianta liberar se não houver orientação, porque liberdade sem apoio para o aprendizado transforma-se em libertinagem, o que é tão ou mais nocivo do que a repressão. A maturação do ponto do equilíbrio só existe quando há conhecimento; a proibição impede sua expansão. Assunto proibido não gera diálogo; fica entre quatro paredes e torna-se vicioso. Organismo viciado torna-se dependente de qualquer química produzida por movimentos viciantes, tais como: excesso de trabalho, estudo e exercícios físicos, dentre muitos outros, onde a carga excessiva de adrenalina destilada na corrente sanguínea queima as produções de vitaminas, proteínas, sais minerais e outros componentes orgânicos. Isto sem falar do uso descontrolado de medicamentos permitidos.
Precisamos abrir espaço nos ambientes familiares,escolares, profissionais e sociais para debates claros, límpidos e objetivos sobre todos os assuntos que afligem a humanidade em geral, para que a polêmica desmascare o caos já existente em grandes proporções escondido debaixo das máscaras da decadência humana.
O que devemos evitar sempre é a divisão – contra / a favor.
Que todos aqueles envolvidos nesta campanha libertem-se do desejo de terem em suas mãos o poder proveniente da discórdia porque senão de nada adiantarão os esforços. Tudo será em vão como há milhões de anos atrás. Continuaremos sem evoluir e nada de verdadeiramente estrutural será construído para os futuros adolescentes que hoje são crianças. Repetiremos os mesmos passos do passado onde uma geração imaginou superar a outra apoiada no fato de ter alcançado veículos mais poderosos de comunicação.
Estamos no mesmo lugar onde estiveram os Greco-romanos na era A.C. Que tal libertarmo-nos dos conceitos sobre certo e errado?
A mão que afaga, precisa sentir o retorno do seu gesto, mesmo que desarmônico no início, para aprender a dosar seu afago; caso contrário, um dia cansa e agride.
Vamos abrir o diálogo. Este sim precisa ganhar as ruas, virar panfletos e cartazes. Vamos caminhar em prol da LIBERAÇÃO DA PARTILHA DE EMOÇÕES. Com ou sem maconha. Será possível?
Itaipuaçu, 20 de junho de 2011
Um comentário:
Absolutamente contundente e belo, além de muito corajoso e consistente este texto.
Merece ser lido e discutido mais e mais a fim de gerar evolução de aprendizados.
Vou divulgar!!!!!!!!
beijos.
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