segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A arte é atemporal


por Moema Ameom

Estabelecer marcos históricos é sempre perigoso e arbitrário, particularmente, no campo das artes. Inúmeros fatores concorrem para o estabelecimento de determinada técnica, seu emprego, práticas associadas e impacto numa ordem cultural. Aqui serão apresentados alguns, no intuito de melhor conhecer esta complexa manifestação estética que é o cinema, a qual muitos chamam de a 7ª Arte. 

wikipedia.org/wiki.Cinema

Sendo a expressão vital dos movimentos, como pode a arte ser medida em tempo/espaço? Qual é a intenção da humanidade ao conceituá-la? Será por medo da sua abrangência que buscam rótulos?
Como sempre, o Homem em sua trajetória como humanidade, foge assustado de tudo onde não consegue enxergar limites claros e precisos.
Pactua e rotula imaginando que foi ou é capaz de dominar o incontrolável. Nesta (in)sana busca, perde-se de si mesmo ampliando sua insegurança.
Estabelece in.si a necessidade da sensação de poder. “É preciso estar atento e forte...” pra não ter medo de temer a morte.¹

O medo maior (holofobia) sempre será aquele que trazemos na medula espinal, que diz respeito à sensação de instabilidade emocional produzida por nossos movimentos vitais mal vivenciados.
Emaranhando-se em suas teias fóbicas recriadas por si mesmo, o Homem faz de tudo para aprisionar a arte de viver.
Porém, ela lhe escorre pelos dedos mostrando-lhe, a cada segundo, que vida é para ser vivida e não para ser guardada dentro de normas e regras fixantes e sufocantes. Nela existem conceitos provenientes da lógica neural, onde a razão e a sensibilidade convivem em uníssono no tronco encefálico, morada do inconsciente (segundo a ciência).

Por mais bem traçadas que as regras criadas pela sociedade venham a ser, jamais conseguirão alcançar a perfeição daquela existente na arte, a menos que o criador seja um dos personagens desta História sem Fim² chamada existência. E as águas vão rolar... de preferência nas telas dos cinemas!

¹ “é preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte” verso da música Divino Maravilhoso de Gilberto Gil
² História sem Fim – belo filme dirigido por Wolfgang Petersen, extraído do livro com o mesmo título de Michael Ende. 


Veja mais: http://laizek.com/2009/08/historia-sem-fim-lembra-ne/

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