O entardecer
na cidade de Cuiabá remove montanhas emocionais fazendo-nos mortais
conscientes.
Sentei na
varanda da casa de minha filha, bem acocorada no meio fio como é meu melhor
gosto. Ao longe uma voz: - “ Vóóóó... cadê você?” – “Estou aqui na varanda!”
Passos
firmes se aproximam. Passos de mulher com três anos a serem completados em
breve. Lavínia senta-se ao meu lado. – “O que você está fazendo aqui? ” –“
Gosto de ficar quietinha vendo a estrela Sol descansar. Gosto de sentir os
movimentos das árvores, ouvir o canto dos pássaros dando boa-noite, perceber as
cores no céu antes de chegar a escuridão.”
-“ É muito
bom, né vó?” Acocorou-se como eu.
Fez-se o
mais profundo e intenso partilhar!
Do âmago de
minhas lembranças surgiram cenas de quando eu a colocava em meu colo, ainda bem
pequenina, bebê recém- chegada e lhe contava histórias da Sol e do planeta Lua.
Embebi-me de
revivências amadurecendo o belo momento de aprendizado onde nós nos mestramos.
Demos as
mãos. Éramos uma só. Kairós registrou.
15/10/2012
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