por ReNata Batista
Dia 5 de junho o mundo celebrou o Dia do Meio Ambiente, e eu, num outro dia qualquer, fui subir a Pedra do Elefante, na Serra da Tiririca (Niterói). Fui sozinha, mas encontrei outras pessoas no caminho. Chamou-me a atenção ver que muitas delas apostavam corrida com o tempo, apressadas pra chegar ao topo. Fui me questionando: “será que eu estou me relacionando com a natureza?”.
Fui devagar. Fui atenta ao pulsar do meu coração e tive tempo bastante para observar a exuberância das formas, das árvores e suas raízes, cores, sons e cheiros... bebi água, comi chocolate, fotografei, tirei meus tênis, massageei meus pés... Olhei muito para o que via, dando tempo para sentir o que tudo aquilo me estimulava internamente. E enquanto isso, as pessoas iam e vinham apressadas pra chegar ao topo!
“Será que elas estão sentindo este cheiro, ouvindo estes sons, vendo a copa das árvores?”, eu me perguntava. Constatei atônita que não!
E fui adiante com meus questionamentos: o que será que estas pessoas ganham com isso? Qual a qualidade da relação que estabelecem com a natureza? Será que há integração ou todas elas estão aqui só por estar? Pra quê, meu Deus?
Vivi bem meu tempo naquele mato. Absorvi aprendizados importantes. E percebi claramente que, se continuarmos com esta relação superficial diante da VIDA, não vamos conseguir reverter o caos dominante no Planeta.
Se não somos capazes de: parar, dar um tempo pro coração quando o submetemos a esforço maior do que o normal, respirar com calma, admitir que estamos cansados, reconhecer nossos limites - e tudo isto significa defender o nosso organismo -, como poderemos ajudar a defender qualquer outra coisa?
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