quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A L E R T A G E R A L

Moema Ameom

Li na Isto É nº2021 [julho 2008]:

“A ansiedade é uma das maiores inimigas da saúde mental atualmente.(...) Por causa do prejuízo que impõe à vida dos indivíduos, o transtorno vem ganhando atenção da ciência.(...) Pesquisadores da Rutgers Univertsity (EUA) descobriram um grupo de neurônios envolvidos no registro pelo cérebro das informações do medo.(...)
Pesquisadores estadunidenses* constataram que, diminuindo a atividade de uma rede neural específica, as lembranças tornam-se bem mais atenuadas.(...) “Agora pensamos na criação de remédios que reduzam a atividade desses neurônios”, diz Denis Paré, um dos autores do trabalho. (...) Ao se desativar uma rede de neurônios existente dentro da estrutura prejudica-se a memorização do sentimento. Por isso, a ansiedade é reduzida. O registro do que temer é fraco demais para produzir sentimento(...)”


* A autora da matéria original usa o termo “americanos”, mas este jornal prefere evitar este termo, uma vez que o continente americano não se resume aos Estados Unidos.


Percebo então que a ciência está caminhando na direção da manutenção de seres sem (ou quase sem) medo, ansiedade e ou sentimentos. Parece-me que voltamos no tempo e estamos adentrando a época em que as lobotomias eram realizadas em pessoas que, por terem reações mais vívidas, eram consideradas loucas. A rede do “Medo de sentir Medo” se intensifica gerando seres sem nenhuma (ou bem pouca) noção do limite.


Uma vez que o medo é aquele que clareia o limite orgânico, onde iremos parar sem ele? Como poderemos saber o que nos serve, pra que e por que, se perdermos o contato com os sentimentos? Será que chegamos realmente na era da robotização humana? De Futurista isto não tem nada, pois na Idade Média já se fazia isso nas fogueiras.


Pra completar a rede, trago mais uma idéia, de Regina Navarro Lins: “A Mulher independente assusta o homem?”, que é complemento mas está postada independente.


Após ler, participe do questionamento: será este o medo que está levando os homens a descobrirem formas de inibi-lo com remédios?

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

AOS PAIS

ReNata Batista

Dia dos pais. O que é ser pai? Ser pai, pra mim, é PERMITIR-SE e simplesmente SER!

Foi-se o tempo do “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Isso nunca funcionou, mas agora nós sabemos claramente que não se constrói nada que não seja pela força da demonstrAÇÃO. É pelo exemplo que aprendemos. E ensinamos.

E o exemplo tem uma força que foge da explicação racional.

Por isso acredito que ser pai, assim como ser mãe, assim como ser educador, é ser!

E é o que SOMOS – e não o que queremos ou fingimos ser – que nós ensinamos.

Para ensinar a ser feliz, sejamos felizes. Longe ou perto. Mais vale uma ausência saudável e uma distância feliz, do que uma presença doente ou uma proximidade forçada.

O que os pais fazem com suas almas é o melhor legado que podem deixar a seus filhos. Coerência é o único legado que ajuda na construção de um planeta mais limpo e saudável; é o que dá fortalecimento emocional; o que encaminha.


A todos os pais, mães e educadores que ensinam pela força do exemplo, longe ou perto, com a consciência plena do amor incondicional, o meu abraço e os votos de FELICIDADES!

PAI



Moema Ameom

Tu que és meu e de todos nós, que presente estás nos meandros da existência e que se faz existente em todos os atos e ações destes teus filhos- irmãos, ilumine nossos caminhos.

Acorde a consciência destes homens que se fazem Pais por fecundarem as mulheres que gestam.

Não os deixem mais olhar crianças como bonecos que se joga pela janela, se abandona nas ruas, se espanca, domina, controla e automatiza como se fossem robôs; brinquedinhos de plástico, borracha ou silicone.

Ajude-os a descobrir em seus corpos as possibilidades plenas de comunicações sadias onde o aprendizado mútuo amplia a evolução.

Dai a esses Pais a capacidade de absorver de Ti os movimentos vitais importantes para uma partilha solidária que permeia, acima de tudo, o respeito pelos processos emocionais.

PAI

Dai-nos tuas bênçãos neste mês de Agosto, onde os Homens colocaram 1 dia direcionado a Ti e teus representantes terrestres.

Que sejamos merecedores de recebê-las! Amém.


FormATAlizando

Moema Ameom

Continuando minhas elucubrações sobre o virtual, chego na forma. Na conceituação e codificação da mesma que, segundo a sociedade, vem a ser: o que é bonito ou feio; claro ou escuro; certo ou errado e muitos outros processos de julgamentos e críticas capazes de nos levar a surfar em ondas que atam o estado emocional gerando a (im)pressão de controle do mesmo.

Idéia bem virtual, essa de que somos capazes de controlar emoções!!! Re.Lembrando a TV digital, posso concluir que até para realizar tal proeza é preciso desenvolver muito cuidado com as ações.

Quando os movimentos que o Corpo Físico realiza são pautados na conceituação externa da forma, a criação de ações e atitudes incoerentes enfraquece a consciência e os sonhos perdem a estrutura. Estas não conseguem se harmonizar com as reais possibilidades orgânicas, únicas representantes “legais” da construção arquitetônica dos desejos.

Não podemos decorar a casa sem primeiro construí-la. Não conseguimos caminhar com os pés no ar. Não havendo corpo para vestir, de que adianta roupa bonita no armário? Se a boca não quiser comer, de que serve comprar comida?

Qualquer movimento, para fazer sentido, precisa ser percebido na sua totalidade, onde a visão abrange a consciência do que vem a ser vital ou virtual. Unir o pensamento à capacidade física de realização pode trazer muitas frustrações, pois a maior parte do que é imaginado gera obstáculos na prática da vida. Talvez seja a (in)capacidade de lidar com estes obstáculos que acabe por desvirtuar o Ser de seus ideais verdadeiros.

Extrair da dificuldade o aprendizado para a construção do que foi imaginado passa pela persistência, tenacidade e, acima de tudo, pela disciplina interna, onde o respeito ao tempo orgânico (biorritmo), conduz à conceituação da forma em ressonância com a desconceituação visceral. Onde a comunicação do ser consigo mesmo forma seus movimentos em comunhão com os batimentos cardíacos... sem os quais nada se pode fazer!

Moitakuá Questiona

Moema Ameom

Antes de qualquer coisa Moitakuá quer saber se você descobriu os botões que o fazem transitar entre o vital e virtual.

Se foi descoberto, aí vai uma dica: para que a novidade seja bem aproveitada como re.nova.Ação conduzindo à oxigenação cerebral, é preciso COMPARTILHAR.

A partilha desbloqueia os entraves emocionais relacionados à comunicação e auxilia nos processos de um raciocínio mais coerente com a conscientização dos fatos.

Imaginando que o assunto acima é interessante para você, vou conduzir os questionamentos a caminhos de trocas internas onde seu umbigo será seu maior companheiro até o momento da troca externa que, se não for vivenciada, bloqueará a evolução. A partilha pode ser feita como quiser e com quem quiser, mas não deixe de praticá-la.

· Feche as pálpebras. O que vê? Seus olhos ficam abertos quando você fecha as pálpebras?

· Observe seus pensamentos do momento. Enquanto os observa, quais os movimentos internos que consegue perceber na sua língua? E nos lábios?

· Aperte a língua no palato (céu da boca). Prenda a respiração. Pausa. Solte o ar e a língua ao mesmo tempo. Observe os batimentos cardíacos. O que percebeu?

Repita a brincadeira três vezes com belos espaços entre uma e outra. Registre as observações por escrito. Certamente a cada repetição, novas sensações surgirão. Dará para escrever um livro ou bater um longo papo com quem quiser saber sobre você.

G r a m a t i c a n d o

Que tal fazer da gramática uma aliada?

ReNata Batista

Não é só de regras que vive uma língua. Para se expressar verbalmente (escrevendo ou falando), faz-se necessária uma boa dose de raciocínio.

Aqui vamos brincar com um pouco de regra e um tantinho de pensamento lógico, e vamos ver no que dá!

NÚMERO UM: CRASE

A crase é uma contração da preposição “a” com um artigo “a”.

> Ou seja, podemos usá-la apenas ANTES DE PALAVRAS FEMININAS, pois elas pedem o artigo feminino “a”. Para testar se está ok, recomendo substituir por “para a” e ver se cola. Se colar, pode usar o acento grave “ ` ” numa boa!

Por exemplo: O que te parece mais coerente?

a) Mande isto a ele; Mande isto à ele.

b) A mim não interessa nada; À mim não interessa nada.

> Outra coisa: viajando...

Vou a São Paulo......... ou......... Vou à São Paulo?

Brincando com as palavras:

Vou “a" volto DA

Crase A!

Vou “a” volto DE

Crase PRA QUÊ??

Exemplo:

Vou a Paris....... ou.......... vou à Paris?

Vou a França...... ou....... vou à França?

Por ora é só. Mês que vem vamos brincar com o verbo “fazer” quando ele indica passagem de tempo.

Por exemplo: Faz dois anos... Fazem dois anos...

Qual será a melhor forma de dizer?

Educação em ReVista - MEDO

ReNata Batista

Educação é preparo para a vida.

Vida, pra mim, é um composto de medos e conquistas internas. Sem o primeiro não há a segunda. A conquista maior é a superação – e o que vamos superar se não tememos nada? A superação é o estímulo da vida.

Temos visto muitos exemplos de medo mal vivenciado fazendo as pessoas perderem coisas preciosas (filhos, amigos, amores...). Temos visto pessoas perdendo a oportunidade preciosa de viver, envoltas em medos e medos. Pânico generalizado toma conta dos noticiários, e agora a mais nova moda é o medo de ter medo.

Aonde chegamos? Aonde chegaremos?

Criatividade regrada, ensinamentos inúteis. Regras sufocantes. O que queremos ganhar com isso?

A função de quem está orientando é permitir a experimentação, pois só ela leva ao amadurecimento. Mas o que está acontecendo é que o medo do erro nos leva a nem mais tentar.

Medo medomedodemodomodemedemedemente......

Medo da sombra, da chuva, do espelho. Mentiras que sufocam, verdades que querem existir.

Chega! Até quando vamos educar para a mentira?

A vida que estamos vivendo é a vida que queremos viver?

Se é, muito bem. Mas se não é, que tal olharmos para os nossos próprios atos pra descobrir o que está acontecendo?